O custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu mais para as famílias da classe E do que para as da classe A ao longo dos últimos 12 meses. A constatação faz parte do indicador de Custo de Vida por Classe Social (CVCS), nova pesquisa mensal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), que indica incremento de 0,17% no custo de vida na RMSP em agosto. Já em comparação ao mesmo período do ano anterior, a elevação do custo de vida médio é de 4,58%.
O CVCS aponta, entretanto, que o custo de vida na Região Metropolitana varia bastante entre os diferentes estratos sociais, ao menos se analisado o período de 12 meses. Já na comparação mês a mês, a variação é relativamente pequena. Para as famílias da classe E ficou 5,17% mais caro viver na RMSP desde agosto de 2011. No mesmo período, o CVCS indica alta de 5,02%, 4,56%, 4,21% e 3,86% no custo de vida para as classes D, C, B e A, respectivamente.
Os gastos com alimentação nos últimos 12 meses variaram pouco entre as diferentes faixas de renda, subindo 8,17% e 8,18% para as classes E e D, 8,27% para a classe C, 8,35% para a classe B e 8,91%, pouco a mais, para a classe A. A Fecomercio-SP explica que nos meses anteriores a diferença entre os estratos sociais era maior, sendo que os gastos com alimentação haviam subido mais para as famílias menos abastadas. Contudo, a inflação de determinados alimentos mais sofisticados, como determinadas frutas e cortes nobres de carnes, aproximaram os números.
A CVCS separa as famílias em cinco classes de renda, considerando também os ganhos não monetários. São elas: E (até R$ 976,58), D (de R$ 976,59 a R$ 1.464,87), C (de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33), B (de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23) e A (mais de R$ 12.207,24).
