O preço do feijão, considerado um vilão até a poucos meses atrás, recuou no mês de maio em 14 das 16 capitais do País. Em São Paulo, por exemplo, a queda foi de 10,31%. Apesar disso, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que a cesta básica subiu em 14 das 16 capitais pesquisadas, no mês passado. Só houve retração em Goiânia (-1,19%) e Salvador (-0,35%).
De acordo com o Dieese, a alta deve-se a fatores climáticos, aumento nos custos de fertilizantes, pressões do mercado internacional e alta no preço dos insumos derivados de petróleo. Os produtos que mais subiram foram a carne, o arroz, o leite, o tomate, o pão, a farinha de trigo e o óleo de soja. A cesta básica mais cara do País foi a de Porto Alegre (R$ 236,58), seguida por São Paulo (R$ 233,92) e Belo Horizonte (R$ 230,55).
IPC-S
Na última semana de maio, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) registrou deflações nos preços do mamão papaia (-20,66%) e do feijão carioquinha (-7,76%). Porém, o índice aumentou 0,87% no final do mês passado, superando em 0,15 ponto percentual a taxa registrada na terceira apuração de maio. No grupo Alimentação, as elevações de preços mais expressivas foram apuradas no pão francês, na batata-inglesa e no arroz.
O indicador subiu na maioria das seis capitais analisadas – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife, além do Distrito Federal. No acumulado do ano, o IPC-S chegou a 4,83%.