O consumidor que acompanha de perto o preço na gôndola dos supermercados tem percebido que o leite é um dos produtos com a maior elevação ao longo dos últimos meses. Em abril, a variação foi de 5,23%; em 12 meses, a alta é de 18,90% e, no acumulado do ano (de janeiro a abril), a alta é de 13,08%.
O principal fator para a elevação do preço do produto é o período de entressafra, quando produção do leite é reduzida. Com isso, a oferta e a disponibilidade do produto no mercado diminuem e provocam o aumento do preço. Outro fator que vem impactando é a opção de alguns produtores de migrar para pecuária de corte, decisão que também reduz a oferta no mercado.
O impacto desta menor oferta de leite é a elevação do preço pago pelos laticínios e o consequente aumento no preço pago pelos supermercados e em última instância pelos consumidores. “Toda a cadeia de produção do leite sofre com a entressafra neste período, sendo impactada com a elevação dos preços”, enfatiza o gerente de Economia e Pesquisa da APAS – Associação Paulista de Supermercados-, Rodrigo Mariano.
De acordo com a APAS, os supermercadistas estão negociando os preços para que o impacto no custo do produto seja o menor possível. “Todas as elevações dos preços repassados da indústria para o varejo são negociadas com a finalidade de não haver o repasse em sua totalidade para o consumidor final. Diante de um cenário de redução do emprego e da renda, com a inflação elevada, o consumidor fica mais sensível aos preços e pode deixar de comprar o leite com frequência”, explica Mariano.
A recomendação da APAS para os consumidores é pesquisar os preços do leite em diversos pontos de venda para encontrar o menor preço ou promoções que possibilitem ao consumidor a compra do produto com o menor valor de reajuste.
Fonte: Assessoria de Imprensa