O IPV (Índice de Preços no Varejo) da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) registrou em março elevação de 0,03% na comparação com fevereiro. No acumulado do primeiro trimestre, o avanço é de 0,24%. O IPV coleta dados junto a cerca de dois mil estabelecimentos comerciais no município de São Paulo, contemplando 21 segmentos varejistas e 450 subitens pesquisados. A pesquisa conta com uma amostra mensal de aproximadamente 105 mil tomadas de preços.
O desempenho dos segmentos de Padarias, Feiras, Drogarias e Perfumarias e Materiais de Construção contribuiu para a alta, enquanto Supermercados, Eletroeletrônicos, Açougues e Veículos colaboraram para que o índice se mantivesse em patamares menores.
A principal pressão em março foi no grupo de Padarias, que elevou 1,70%, a maior desde julho de 2007, quando o índice apontou 3,28%. No ano, acumula alta de 3,01%, devido aos problemas de safra ocorridos na Argentina, que é o principal fornecedor de trigo ao Brasil. Além disso, a elevada demanda mundial por grãos também colabora para que os preços continuem pressionados. As altas mais relevantes foram em Panificados (4,02%), Bebidas (1,05%), Frios e Laticínios (0,31%) e Doces (0,02%).
Por outro lado, o setor de Supermercados, que vinha sendo o maior vilão do IPV em 2007, continua mostrando sinais de arrefecimento em seus preços, retraindo em março 0,22%, e no acumulado do ano, alta de 0,53%. As principais quedas verificadas foram em Cereais (-4,71%), Carnes Bovinas (-3,53%), Aves (-2,52%) e Adoçantes (-2,19%).