Em mais uma palestra do Congresso de Gestão da Feira APAS, o presidente da entidade, Pedro Celso; Sussumo Honda, vice-presidente da ALAS; Peter Estermann, vice-presidente de Infraestrutura e Desenvolvimento Estratégico do Grupo Pão de Açúcar; e Flávio Rocha, presidente da Riachuello, debateram a temática “Como as Grandes redes Brasileiras Trabalham a Produtividade?”, sob moderação de Jacques Gelman – coordenador do GVCev – Centro de Excelência em Varejo da FGV-EAESP.
O presidente da APAS, Pedro Celso, destacou que as políticas públicas são prioritárias para que a produtividade seja melhorada no Brasil. “No meu entendimento a primeira coisa a ser melhorada é a educação, pois não conseguimos evolução produtiva se não tiver conhecimento. A Coreia, por exemplo, fez um pacto pela educação, independente de governo e, por isso, cresceram tanto nos últimos anos”.
Pedro Celso ainda complementou dizendo que “A infraestrutura também precisa ser melhorada. Nosso agronegócio é o maior do mundo, mas não temos competitividade por falta de portos e estradas em boas condições e, neste sentido, não vejo outro caminho para isso acontecer se não tivermos a reforma política”.
Flavio Rocha falou sobre a importância do varejo para a economia. “Antigamente só prestavam atenção na indústria e o varejo era coadjuvante, porém, demos um grande salto na cadeia produtiva e chegamos a um patamar que jamais se poderia imaginar. O varejo é uma grande oportunidade para o desenvolvimento econômico do país”.
Peter Estermann, por sua vez, ressaltou os desafios de integração do grupo Pão de Açúcar. “Unimos a loja on-line com a física e, atualmente, o cliente pode realizar a compra pelo site do Extra e Pão de Açúcar, retirando no dia seguinte na loja mais próxima da sua residência. Com está ação conseguimos aumentar a nossa venda, pois o consumidor sempre acaba comprando mais algum produto na nossa loja”, disse.
De acordo com o vice-presidente da ALAS, o setor de suprimentos é muito importante para o varejo. “Contamos muito com esse segmento. Algumas indústrias de embalagens não se modernizaram e o varejo recebe embalagens dos anos 70 e 80. A modernização desse segmento é de extrema importância, pois com embalagens mais modernas conseguimos maior produtividade com logística e armazenamento”, concluiu.