Executivos da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), da Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Bebidas (A.B.B.A) e do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) firmaram acordo de cooperação com importadores e estabeleceram a retirada do pedido de Salvaguarda do vinho.
O acordo entre os produtores de vinhos brasileiros e as principais associações de importadores, assinado no último dia 19 de outubro no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), estabelece medidas para o crescimento do mercado de vinhos finos no Brasil, bem como a ampliação do volume de produtos nacionais. A meta conjunta é aumentar o consumo per capita de 1,9 para 2,5 litros até 2016 e ampliar a venda de vinhos finos brasileiros de 19 para 40 milhões de litros em quatro anos. Em relação ao setor de supermercados, o compromisso é de trabalhar para a ampliação do espaço de exposição e promoção dos vinhos finos nacionais nas lojas.
Para o presidente da Abras Sussumu Honda, quem sai ganhando com o acordo é o consumidor. “O consumidor brasileiro está cada vez mais apreciando bons vinhos, nacionais e importados. O bom sortimento de produtos nas gôndolas é essencial e esse acordo vem para dar ainda mais vitalidade a essa escolha, sem restrição. Vamos promover nossa indústria, ampliar sua competitividade, mas garantindo o melhor mix nacional e internacional de vinhos nos supermercados.”
Abras, Abrabe e a A.B.B.A, em conjunto com as entidades vitivinícolas brasileiras, estabeleceram ainda diversas metas que serão desenvolvidas e acompanhadas por um grupo de trabalho formado por profissionais das entidades. O acordo prevê a cooperação entre as partes para ampliação do consumo, redução dos tributos incidentes sobre o vinho, bem como apoio para os pedidos do setor de securitização das dívidas agrícolas e redução dos estoques de produtos vitivinícolas.
As entidades assumiram ainda compromissos pontuais. Comprometendo-se a buscar a ampliação para 25% da presença de vinhos finos brasileiros nas redes dos supermercados e para 15% nos demais estabelecimentos varejistas por meio de parcerias entre importadores e vinícolas nacionais.
Já o Ibravin e as entidades vitivinícolas representantes dos produtores brasileiros comunicaram ao governo a retirada do pedido de Salvaguarda que estava em análise no Departamento de Defesa Comercial (DECOM/MDIC), e comprometram-se a cessar quaisquer ações que visem à criação de barreiras tarifárias ou não tarifárias à importação de vinhos finos.
