O movimento é mundial. É o que mostra o blog da revista Exame. Segundo a publicação, quatro países e uma capital mundial adotaram estratégias quanto a redução do consumo de sacolas descartáveis e estão tendo grande sucesso. Os países são Irlanda, Alemanha, País de Gales e Hong Kong, além de Washington D.C., capital dos Estados Unidos.
Na Irlanda, o movimento pela substituição começou há 10 anos (2002). Mas nada convenceu mais os consumidores quanto a cobrança de uma taxa, chamada Plas Tax, que cobra 22 centavos de euro por sacola (algo como R$ 0,55). Hoje, a distribuição de sacolas descartáveis caiu em 97,5%.
Em Hong Kong, o destino da taxa equivalente a R$ 0,12, instituída em 2009, é o governo. O imposto cobrado em Wahington D.C. é de apenas 5 centavos de dólar (cerca de R$ 0,10), mas foi suficiente para reduzir em 86% o uso de sacolas plásticas em apenas um mês.
O sistema de cobrança de imposto na Alemanha é mais complexo. Os supermercados que oferecem sacolas plásticas pagam uma taxa para o governo, como pagamento pela reciclagem. Os consumidores que querem utilizá-las pagam também uma taxa entre 5 a 10 centavos de euro – que equivale entre R$ 0,12 e R$ 0,25. Com isso, os consumidores passaram a usar sacolas reutilizáveis ou caixas de papelão.
No País de Gales – que junto com a Inglaterra, Escócia e Irlanda formam o Reino Unido – a queda chegou a 96% depois que foi instituído um imposto – equivalente a R$ 0,15. Esse imposto incide em todas as sacolas fornecidas pelos supermercados, incluindo as descartáveis, biodegradáveis e de papel; e é destinado a instituições de caridade ou de conservação ambiental.
“Esses resultados mostram que a melhor maneira de reduzir o uso de sacolas descartáveis é cobrar dos consumidores. O lucro dessa cobrança pode ser doado para ajudar em causas ambientais ou para caridade”, disse John Griffiths, ministro do meio ambiente de Gales, ao jornal The Guardian.
