Com os benefícios do mercado de alimentação fora do lar, os supermercados aumentaram as apostas no segmento. Manter um restaurante no interior das lojas nem sempre é tão rentável, mas o serviço atrai um grande fluxo de pessoas para as compras. OS Supermercados Modelo, de Mato Grosso, servem comida à vontade por R$ 9,90. Das 14 lojas da rede, nove possuem restaurante. “Não é em toda loja que esse serviço é rentável, porém, o restaurante atrai um fluxo de pessoas considerável”, afirma o encarregado do setor Robson Oliveira.
O trabalho chamou a atenção de Valdomiro Bardini, gerente geral de operações da Coop (Cooperativa de Consumo), que implementou restaurantes de comida por quilo em três lojas da rede paulista. “Eles ainda representam pouco na receita, mas percebemos crescimento de cerca de 5% nas vendas a cada mês”, diz Bardini. “Trata-se de uma tendência no setor de supermercados e vamos construir restaurantes nas próximas lojas que forem reformadas”, diz.
A previsão de crescimento é baseada não só na expectativa de venda dos estabelecimentos, mas em toda a cadeia produtiva, que envolve desde fabricantes de produtos para o preparo dos alimentos a fornecedores de equipamentos. A próxima unidade do Supermercado Verdemar, de Minas Gerais, por exemplo, terá um andar com mais de 600 metros quadrados dedicado a um restaurante. “Investimos R$ 10 milhões nesta loja que, junto com o restaurante, ocupa uma área de 2,5 mil metros quadrados”, diz Alexandre Poni, diretor comercial do Verdemar.
Mercado
A expectativa da consultoria ECD, especializada no segmento de alimentação fora do lar, é que esse mercado cresça 15% em 2010. O levantamento refere-se à venda de bebidas e alimentos – preparados por restaurantes, lanchonetes e padarias -, sejam eles consumidos no próprio estabelecimento ou em casa pelo consumidor.
Fonte: Brasil Econômico
