O mundo da moda chegou às gôndolas dos supermercados. A seção de vestuário, antes limitada a peças mais simples e em araras nos cantinhos das lojas, agora começa a ter coleções de estilistas de renome e inspiradas em lojas de grife. Os supermercadistas não divulgam números, mas a estimativa do setor é de que o segmento têxtil já chegue a ocupar entre 5% e 10% do faturamento das redes.
“É uma prática em outros países e tendência por aqui. Os grandes supermercados têm um mix forte e completo em alguns setores e podem aproveitar para dar mais valor aos têxteis. São produtos com margens boas”, afirma o coordenador de pesquisas do Programa de Administração do Varejo (Provar), Nuno Fouto.
Redes como Extra (GPA) e Walmart estão apostando na seção têxtil para alavancar as vendas, a partir do conceito “one stop shop”, no qual o consumidor encontra tudo em um só local. “A ideia é fazer com que o cliente encontre nas lojas o que vai abastecer a despensa e também o armário de sua casa, além de artigos de cama, mesa e banho e eletrodomésticos”, explica o diretor-comercial responsável pelo segmento têxtil do GPA, Sidnei Fernandes de Abreu.
O Walmart Brasil conta com as marcas próprias George, Simply Basic, 725 e Athletic Works, que traduzem algumas tendências de moda para as gôndolas. “Nós não vendemos mais produtos se não tiver a cor da moda”, conta a diretora comercial têxtil do Walmart, Eliane de Souza Sachet. Segundo ela, é possível montar um look completo de praia com até R$ 100.
Fonte: Estado de Minas