O levantamento conhecido como “O futuro do consumo num cenário pós-Covid-19”, realizado recentemente pela Social Miner (empresa que reúne os dados de consumo, tecnologia e humanização para sites, com base superior a 41 milhões de cadastros) e a Opinion Box, revelou que após a pandemia, 62,7% dos entrevistados pretendem fazer as suas compras de mercado/feira tanto online quanto em lojas físicas, e que 10,9% estão decididos a consumir somente pelo online.
Para os clientes das classes C, D e E, a taxa de estreantes, que compraram pela primeira vez, chegou a 8,37%, o que significa que há um novo perfil de público adentrando esse universo. Enquanto para as classes A e B, a porcentagem referente à primeira transação em e-commerces ficou em apenas 3,83%, provavelmente por estarem mais habituados a esse tipo de transação. Eles foram inclusive os que mais se aventuraram (23,47%) ao consumir em lojas que ainda não conheciam.
Além disso, os números comprovam que comprar online se tornou uma opção para muitas pessoas. Isso porque para 72,4% delas, a experiência nos e-commerces foi positiva, enquanto 22,1% consideraram a vivência intermediária, ou seja, metade negativa e metade positiva. Entre os principais motivos dessa alta taxa de aprovação estão os bons preços e ofertas, com 53,6%; a praticidade para 38,7%, e os prazos de entrega rápidos, 35,9%.
No que se refere às experiências de compra negativas, 38,8% afirmaram que o problema foram os prazos de entrega e 37,8% apontaram que o valor do frete era muito alto, injusto ou não compensava a compra.
Considerando o público em geral, ter a sensação de segurança ao comprar em sites já conhecidos foi prioridade para 18,5% dos entrevistados. Marcas influentes e conhecidas nessas plataformas acabaram ganhando a preferência dos clientes e as empresas que se destacaram como lojas físicas, antes da pandemia, também tiveram a confiança do público no ambiente online (22,4%), neste período de isolamento social.
Para encontrar essas lojas online, 46,3% usaram sites de busca como Google e o Bing; 38,7% lançaram mão dos aplicativos e 31,3% encontraram as marcas pelo Instagram. Na sequência, a pesquisa mostra os anúncios, o Facebook e a indicação dos amigos.
Curiosidades
– Para os compradores com idade entre 16 e 29 anos, o Instagram teve uma representatividade de 43,6% para encontrar as lojas online, perdendo apenas para o sites de busca. Já no caso das pessoas com 50 anos ou mais, esse índice foi de apenas 12,7% .
– O medo de fraudes no pagamento não está no topo da lista de motivos pelos quais as pessoas não fecharam as compras online. Ele aparece em terceiro lugar, com 19,4%. O que desmotivou mais os consumidores foi o preço do frete, para 33,9%, e a demora na entrega, 19,7%.
– Entre os canais preferidos pelo consumidor, na hora de finalizar uma compra, os sites continuam no topo da lista, com 72,2%, seguidos pelos aplicativos de e-commerce, 61,9%. Mas o destaque aqui vai para a nova tendência: compras pelo WhatsApp, chegando à marca de 40,7%.