Nem mesmo o coronavírus foi capaz de evitar com que os casais quisessem comemorar, ao seu modo, o Dia dos Namorados. E a prova disso foram os dados coletados pelo Compre&Confie, empresa de Inteligência de mercado focada em e-commerce.
De acordo com eles, foram realizadas 15,8 milhões de compras online, entre os dias 28 de maio e 12 de junho, representando um crescimento nominal de 112,8%, maior do que o registrado no mesmo período de 2019. Os pedidos renderam, no total, o faturamento de R$ 6,45 bilhões, 115,8% a mais do que no ano passado.
Ainda de acordo com o estudo, as categorias dos produtos mais vendidos em volume foram: Moda e Acessórios, Entretenimento, Artigos para Casa, Beleza & Perfumaria, e Informática & Câmeras.
Os consumidores com idade entre 36 e 50 anos foram os que mais compraram em volume. Eles foram responsáveis por 33,9% das compras feitas no período, seguidos pela faixa etária entre 26 a 35, com 31,7%; pelas pessoas com idade até 25 anos, com 19%, e aqueles com mais de 51 anos, com 15,4%.
No topo das regiões que mais venderam está o Sudeste, com 66,7% dos pedidos feitos, o Nordeste com 14,4%, o Sul com 11,5%, e o Centro-Oeste e o Norte com as últimas colocações: 5,3% e 2,1%, respectivamente.
“Mesmo com o término da quarentena, a previsão é de que as vendas no varejo digital permaneçam em alta, pois a cada dia registramos a entrada de novos consumidores online, além do forte crescimento de categorias que até então eram pouco exploradas no comércio eletrônico”, explica André Dias, diretor executivo do Compre&Confie.
As fraudes também foram analisadas. Afinal, o aumento das vendas no e-commerce também acelera as tentativas de fraudes. Mas segundo a ClearSale, empresa de soluções antifraude em diversos segmentos, o prejuízo evitado no comércio eletrônico, no Dia dos Namorados, foi de R$ 77,4 milhões, valor 43% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
“Ao contrário do que se imagina, o prejuízo das compras fraudadas não fica com a emissora do cartão de crédito, mas sim com o varejista, o que pode impactar na gestão do negócio. Por isso, é importante que a loja virtual conte com uma solução antifraude contratada, ou no caso de optar por trabalhar com marketplaces, questione como funciona a análise e o chargeback dos pedidos”, orienta Omar Jarouche, diretor de Soluções da ClearSale.