A pandemia do coronavírus tem deixado muitas lições, não só para as pessoas, mas para as empresas de qualquer setor, que são compostas por elas. É por isso que na live da SuperVarejo de ontem (25), Renata Daltro, head comercial de grandes contas da Cielo, disse que os consumidores de maneira geral já estão mudando a sua forma de consumir.
“Os últimos meses tem nos mostrado que as vendas no e-commerce, por exemplo, cresceram 50%, e que as gerações que não estavam acostumadas a esta prática passaram a fazer mais compras remotas, independente da idade. Acreditamos que esse hábito deve continuar no pós-pandemia, não da mesma forma, porque o e-commerce complementa o mundo físico e o brasileiro tem como característica gostar mais das experiências presenciais. Mas é importante que o varejo se digitalize e se integre a todos os canais, independente do seu tamanho”, defende Daltro.
Para estimular esse processo, a Cielo firmou, durante a quarentena, uma parceria com o Sebrae, como forma de incentivar o pequeno varejista, oferecendo-lhe orientações e suporte para a migração do online. Foram mais de 60 mil pessoas inscritas e segundo ela, o e-commerce é um tipo de ambiente mais robusto, em termos de custos e mídias, preparado para fazer qualquer venda, mas não precisa necessariamente ser utilizado por uma pessoa que pretende, por exemplo, simplesmente vender os seus bolos feitos em casa.
“Nestes casos, bastaria a pessoa divulgar os seus produtos na internet, utilizando o nosso Cielo Super Link, gerado de forma remota, por e-mail ou pelas redes sociais, para que os seus clientes pudessem realizar o pagamento”, destaca a executiva, esclarecendo que a ferramenta já rendeu para a companhia cerca de 700% de aumento nas vendas, das quais o varejo responde em média por 20%. “É por isso que o setor varejista precisa ousar mais. Ainda temos muitos clientes que ficam com receio de entrar para o mundo digital. É preciso mudar o seu negócio para acompanhar o cliente que já está mudando”, acrescenta.
A Cielo tem hoje mais de um milhão de clientes em todo o Brasil e de acordo com Daltro, está sendo criada uma cultura para o pós-Covid-19 da qual o varejo precisa estar pronto para atender o ritmo que o cliente determinar. “As pessoas estão mudando a forma de consumir e é preciso ter em mente que o ritmo do novo modelo digital de se relacionar com o cliente, quem vai determinar é ele mesmo. Por isso, temos que estar prontos para o que esse consumidor quiser e como quiser, seja no mundo físico ou digital”, conclui.