O resultado da campanha de substituição das sacolas descartáveis nos supermercados paulistas é positivo. Em um ano, a sociedade reduziu em 72% o número de sacolas ao utilizar meios sustentáveis de transporte de mercadorias.
“Isso só foi possível com a conscientização da população que entendeu e abraçou a campanha. Este é um movimento do consumidor consciente”, disse o presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS) João Galassi. Para ele, a previsão é ainda mais otimista. “No próximo ano comemoraremos números ainda melhores.”
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público de São Paulo, Procon-SP e APAS reservou um tempo de adaptação aos consumidores e cessou o descarte de sacolas no Estado no último dia 4 de abril. “Os consumidores foram informados e orientados para a mudança de comportamento. O uso consciente de recursos naturais é uma necessidade do mundo moderno”, explica Galassi.
Alternativas sustentáveis
Mesmo antes da proibição de sacolas descartáveis ocorrida neste mês de abril, vários municípios e redes supermercadistas do Estado incentivaram o uso de ecobags, carrinhos de feira e caixas reutilizáveis nas compras. Eles adotaram a campanha de conscientização da APAS e propuseram uma nova atitude aos clientes. “Jundiaí, por exemplo, não distribui sacolas há quase dois anos. Outras cidades também já haviam se mobilizado para a ação, como Monte Verde, Descalvado, Americana, Itapetininga, Piracaia e Socorro, no interior de São Paulo, e Belo Horizonte, a primeira capital a substituir as sacolas descartáveis”, relembra o diretor de Sustentabilidade da APAS João Sanzovo.
Em todas essas cidades, a população foi orientada a levar de casa sacolas reutilizáveis ou qualquer outra alternativa para transportar as mercadorias. Alguns supermercados disponibilizam, ainda, caixas de papelão.
Fiscalização
O Procon-SP não aplicará multas nos estabelecimentos que não atendem ao TAC, mas encaminhará denúncias de consumidores ao Ministério Público. O MP, se verificada a irregularidade, tomará providências como a abertura de inquérito civil ou ação civil pública.
