O ano de 2020 foi positivo para o setor supermercadista, que acumulou alta real (deflacionada pelo IPCA/IBGE) de 9,36%, de janeiro a dezembro, em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade.
O estudo, divulgado nesta quinta-feira (11), em coletiva de imprensa online, também mostrou que as vendas de dezembro avançaram 18,13% em relação a novembro, e quando comparadas ao mês de dezembro de 2019, o crescimento foi de 11,54%.
Participaram da coletiva o presidente da ABRAS, João Galassi, o vice-presidente Marcio Milan, responsável pela apresentação da entidade nacional, e o gerente de Serviços e Varejo da Nielsen, Daniel Asp de Souza. (fotos)
“Por ser atividade essencial e vender itens de primeira necessidade, o setor supermercadista foi bem impactado pela pandemia da covid-19. Devido às medidas de isolamento social, os brasileiros precisaram mudar seus hábitos, contribuindo com o aumento do consumo dentro do lar. Além disso, os estímulos concedidos pelo governo federal, como o auxílio emergencial, injetaram bilhões na economia, e boa parte desse montante foi gasto no setor. Mesmo com os números positivos, o ano passado foi desafiador para o setor supermercadista, que viu seu custo operacional subir devido à alta do dólar, da inflação e da reestruturação das lojas para garantir os protocolos de segurança de colaboradores e clientes”, declara o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
Para o ano de 2021 a Abras projeta crescimento de 4,5%. “Estamos otimistas com o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil, e na condução da agenda econômica administrada pelo ministro Paulo Guedes, com o foco na redução de gastos públicos e na viabilização das importantes reformas estruturais, como tributária e administrativa, de que tanto dependem a retomada e o crescimento da nossa economia”, destaca Milan.
Abrasmercado
Em dezembro, o *Abrasmercado registrou alta de 2,88% na comparação com novembro, passando de R$ 617,24 para R$ 635,02. No acumulado dos 12 meses o valor da cesta subiu 21,57%.
As maiores quedas nos preços da cesta de dezembro foram registradas nos produtos: tomate, -11,66%, queijo muçarela, -2,00%, papel higiênico, -0,70%, e sal, -0,62%. As maiores altas foram nos itens: batata, 6,67%, carne traseiro, 5,31%, margarina cremosa, 5,06%, cebola, 4,98%.
Regiões
Todas as regiões brasileiras registraram alta no preço da cesta Abrasmercado no mês de dezembro. A Região Sul foi a que apresentou a maior variação, 4,01%, e passou de R$ 664,84 para R$ 691,47.
*A cesta Abrasmercado não é a cesta básica, mas, sim, uma cesta composta por 35 produtos mais vendidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica.
Veja a apresentação na íntegra.
Fonte: Comunicação ABRAS