As vendas do setor supermercadista acumularam queda de -1,90% de janeiro a dezembro de 2015 em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Em dezembro, as vendas em valores reais – deflacionadas pelo IPCA/IBGE, apresentaram alta de 24,17% na comparação com novembro, e queda de -4,39% em relação ao mesmo mês de 2014. (Veja apresentação completa).
Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram alta de 25,37% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a dezembro de 2014, alta de 5,81%. No acumulado do ano, registraram alta de 6,95%.
“Apesar de todos os esforços do setor supermercadista e da indústria, o resultado negativo de vendas no ano passado é reflexo do aumento do desemprego e da diminuição da massa salarial, ocorridos principalmente no segundo semestre de 2015. O cenário econômico do Brasil continua desafiador e, portanto, inicialmente nossa previsão para o ano é de que as vendas continuem negativas (-1,80%), destaca o vice-presidente da ABRAS, Márcio Milan. “Mas 2016 está apenas começando e o setor supermercadista continuará a trabalhar diversas oportunidades para incentivar as vendas e impulsionar o consumo, junto com nossos parceiros da indústria e da distribuição”, afirma Milan.
Abrasmercado
Em dezembro, a cesta de produtos *Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou alta de 0,87%, passando de R$ 435,29, em novembro, para R$ 439,08 em dezembro. Em todo o ano de 2015, o indicador apresentou alta de 15,21%.
Índice de Confiança
O Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) em parceria com a GfK, mostra que os empresários do setor se mantêm receosos em relação ao cenário macroeconômico do Brasil. O resultado de dezembro de 46,2 (numa escala de 0 a 100) é levemente menor que o apresentado em outubro, que foi de 46,5, data da última avaliação. De qualquer forma, como o indicador se mantém abaixo de 50, ele confirma a tendência de que os varejistas continuam pessimistas quanto à projeção de crescimento das vendas de suas empresas neste início de ano.
Índice de Volume
Apesar do decréscimo em vendas por valor, o Índice de Volume Abras-Nielsen mostra que o volume de vendas no autosserviço teve crescimento de 1,4% até outubro do ano passado, com destaque para o crescimento de itens básicos em várias categorias, em detrimento de itens supérfluos.