Os furtos são atualmente os grandes causadores de prejuízos para os supermercados no País. Sozinhos, eles chegam a corroer cerca de 2,33% do faturamento do setor, de acordo com uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Não é à toa que o segmento chega a investir até 20% dos ganhos em medidas para tentar impedir esses tipos de perdas. O alto gasto coloca os centros de compras na terceira posição no ranking dos maiores investidores em segurança do País, perdendo apenas para as empresas de transportes e os bancos.
Entre os itens mais visados estão os de menor tamanho como os de higiene pessoal, beleza e congelados. Bebidas alcóolicas, destiladas e fermentadas também aparecem no topo dos roubos (12%), bem como chocolates (11%), aparelhos e lâminas de barbear (10%), carnes (7%) e desodorantes (6%).
As perdas, hoje, são provenientes de furtos feitos tanto por consumidores como por funcionários. Apesar do alto investimento realizado até agora, tudo poderia ser melhor, segundo o diretor-comercial da Securi Center, Robson Tricarico. De acordo com ele, os empreendedores devem analisar tanto o espaço físico como o entorno das lojas para identificar as principais vulnerabilidades desses estabelecimentos.
O diretor assinala que apenas uma parcela dos empresários do setor ampliou os investimentos. “Boa parte deles ainda acredita que os sistemas de segurança não conseguem diminuir significativamente as perdas”, acrescenta.
Os empreendedores costumam substituir os aparelhos eletrônicos por seguranças à paisana e, na opinião do especialista, a ação desses funcionários só apresenta resultados positivos quando combinada com outros sistemas de proteção.
