De acordo com o setor estadual, por ano, desaparecem em Minas 200 mil carrinhos. O Jornal Nacional mostrou em edição do dia 17 de outubro onde vão parar esses carrinhos:
– Você já encontrou por aí um carrinho de supermercado vazio?
– “Já vi até na porta do meu prédio”, diz a aposentada Vanda Baccheretti.
O sumiço de carrinhos em um supermercado da Região Metropolitana de Belo Horizonte fez aumentar a vigilância na porta. Metade dos carrinhos sumiu.
“O que temos visto mesmo é furto, tem um outro pessoal que leva a compra até o carro e deixa o carrinho na rua ou no estacionamento e outras pessoas se apropriam desses carrinhos”, diz Natália Magalhães de Castro, diretora do supermercado.
Um chip está sendo testado nos carrinhos. Ele emite um alarme quando ultrapassa uma determinada distância.
“A gente trabalha com um perímetro próximo à saída do supermercado porque a partir do momento que ele já andou um, dois, três quarteirões, já não adianta tanto. Pode ser tarde demais. Então tentamos delimitar uma área próxima à saída para ele receber esse alerta e ir atrás desse carrinho”, explica o engenheiro de telecomunicações Leonardo Lima.
Quando um cliente leva um carrinho com as compras pra casa, ele prejudica o funcionamento do supermercado. Outro cliente vai precisar dele. Tem gente que leva e só devolve dois ou três dias depois, quando volta pra fazer compras. Outras pessoas esquecem nas garagens dos prédios e mesmo pela rua.
De acordo com o setor, em Minas Gerais, em um ano, somem cerca de 200 mil carrinhos.
A Associação Mineira de Supermercados diz que o prejuízo anual dos empresários foi de R$ 60 milhões em todo o estado.
E quem paga a conta? O cliente, é claro.
“Não existe nada de graça. Temos os custos que vão para o preço da mercadoria, a gente luta pra diminuir as perdas, mas precisamos da conscientização do consumidor para nos ajudar nessa batalha”, diz Adilson Rodrigues, superintendente da Associação Mineira de Supermercados.
Que tal uma campanha que pode evitar o aumento da conta?
A placa avisa: deixe aqui seu carrinho de compras.
“A gente via espalhado, agora tá dando resultado”, diz um rapaz.
Vários apareceram só em um dos seis pontos de coleta. O supermercado fez a parceria com a comunidade e vai recolher todos os carrinhos duas vezes por semana.
“Agora ficou melhor”, diz uma cliente do supermercado.
Seu Guido, aos 80 anos, só usa o carrinho dentro do supermercado. Na hora de ir embora, é no braço.
Seu Guido: Eu jamais teria coragem de tirar um carrinho aqui e levar
Jornal Nacional: Tá pesado?
Guido: Tá pesado não.
Fonte: Jornal Nacional
Assista à reportagem: http://g1.globo.com/inas-gerais.html