A Associação Paulista de Supermercados reuniu-se hoje, em sua sede, com supermercadistas e várias entidades representantes do varejo da cidade de São Paulo para debater os impactos do projeto do prefeito Gilberto Kassab de restringir a circulação de caminhões na capital, entre 5h e 21h, a partir do próximo dia 15 de maio.
Os setores do varejo representados no encontro reafirmam sua intenção de colaborar, prontificando-se a participar da construção de uma alternativa para o trânsito caótico da cidade de São Paulo, tendo em vista os interesses do consumidor.
Tanto supermercadistas quanto lojistas de outros segmentos estão dispostos, pela experiência adquirida no desenvolvimento da eficiência logística, o que garante o abastecimento das lojas, a auxiliar a Prefeitura e a população com a melhoria da qualidade de vida em São Paulo.
Entretanto, todos concordam que existe a necessidade de discutir as implicações dessas medidas, tendo em vista os impactos na vida das empresas, com conseqüência no abastecimento e no consumo.
Entre os impactos levantados, foram apontados o desabastecimento, o conflito com a lei do Psiu, que proíbe carga e descarga de madrugada, agressão ao meio ambiente, devido à concentração de poluição em apenas cinco horas, justamente em um horário de difícil dispersão, questões relativas à segurança, custos de distribuição e de mão-de-obra e aumento do consumo de energia.
Além da APAS, participaram do encontro representantes da Alshop, da Associação ECR Brasil e do IDV – Instituto para o Desenvolvimento do Varejo. Entre os supermercados representados destacam-se Carrefour, Pão de Açúcar, Wal-Mart, Sonda, Futurama, Pastorinho e Casa Santa Luzia.
Na próxima segunda-feira, outras entidades serão convocadas a participar do debate, na sede da APAS, para alinhar as implicações comuns a todo o varejo.