A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado de São Paulo (PCS/APAS) apontou que as vendas nesta Páscoa foram, em média, 30% maiores em comparação com as vendas do ano passado. Apesar dos preços mais elevados em relação à Páscoa de 2021, as vendas de 2022 foram impactadas positivamente com a volta das confraternizações presenciais e a substituição de produtos por parte do consumidor, que buscou opções mais em conta em relação aos tradicionais ovos de páscoa.
De acordo com o economista da APAS, Diego Pereira, este resultado positivo deve ser visto com cautela. “Na verdade, estamos retornando aos patamares de 2019. Os dois últimos anos foram de queda. Em 2021 registramos a pior Páscoa dos últimos 13 anos”, explica.
Neste ano o setor também enfrentou dificuldade para abastecer as lojas. Cerca de 43% das encomendas de ovos de páscoa feitas pelos supermercados paulistas não foram entregues pela indústria. Segundo o executivo de Relações Institucionais da APAS, Rodrigo Marinheiro, isso ocorreu devido a diversos fatores, entre eles a inflação, que levou muitos fabricantes a mudarem a estratégia de vendas em 2022. “Enquanto os supermercados tinham dificuldades para comprar ovos em detrimento da baixa fabricação de ovos de páscoa neste ano, por parte da indústria, na outra ponta o consumidor driblou a escassez dos produtos mais caros buscando bombons e chocolate em barra. Neste caso, o mix de produtos ofertados pelos supermercados favoreceu o consumidor, que em sua grande maioria buscou produtos com preços mais acessíveis”, pondera Marinheiro.