O resultado é ocasionado pela alteração de comportamento do consumidor em 2020
As vendas nos supermercados do estado de São Paulo registraram queda de 4,06%, nos últimos 12 meses. O levantamento foi realizado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), sobre o Faturamento Real dos Supermercados, no conceito de mesmas lojas, correspondendo até o mês de maio deste ano.
A APAS destaca que o setor supermercadista segue criando condições para enfrentar o atual cenário, além de continuar com um desempenho mais promissor quando comparado a outras atividades econômicas. Isolando esse movimento atípico ocorrido em 2020, quando comparado as vendas de maio desse ano, com o abril de 2021, houve uma evolução nas vendas de 0,78%, sendo parte do resultado em decorrência do saldo total de empregos no estado de São Paulo, que de janeiro até maio de 2021, gerou 104.707 mil postos de trabalho.
Outro dado que também gerou esse acréscimo nas vendas foi o auxílio emergencial, que já injetou R$ 5 bilhões na economia paulista, e até o final deste mês de julho, serão mais R$ 5 bilhões, além do mês de maio ser o período com maior registro de novos empregos em 2021, com 43.066 mil empregos.
Esse resultado de queda nas vendas acumuladas em 2021 verso 2020 é influenciado, de acordo com a APAS, pelas distorções de demanda ocasionadas no início da pandemia da Covid-19, que levou o consumidor a estocar produtos, temendo um cenário pior, com o possível fechamento de outros varejos. Se compararmos o acumulado no índice de vendas nos supermercados entre janeiro e maio deste ano.
Já o Faturamento real dos supermercados no Estado de São Paulo (dessazonalizado pelo IPCA/IBGE) no conceito de mesmas lojas – comparando o desempenho de maio de 2021 em relação a maio de 2020, o faturamento real pelo IPCA apresentou queda de (9,53%) e no acumulado do ano registra (2,35%) inferior ao mesmo período de 2020.
Os componentes domésticos sobre a demanda agregada, que mede o grau de consumo das famílias brasileiras, registrou ajuste positivo de 3,5 para 4%. O Produto Interno Bruto (PIB), para o setor do comércio também registrou significativa evolução de 5,2% para 7,6% em decorrência do aumento da taxa de poupança da população.