Prejudicados pela valorização do real, os vinhos finos e espumantes brasileiros perderam espaço no mercado doméstico para os importados no primeiro semestre. Enquanto as vendas do vinho nacional permaneceram praticamente estáveis em relação ao mesmo período de 2010, com 8,513 milhões de litros (alta de 0,11%), os estrangeiros cresceram 2,37%, para 27,015 milhões de litros, e ampliaram a participação no setor de 75,63% para 76,04%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (2 de agosto) pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
No segmento de espumantes, o volume de importados cresceu 15,12% no semestre, para 1,499 milhão de litros, e a venda do produto nacional teve ligeira queda de 0,08%, para 3,265 milhões de litros. Segundo o instituto, as importações aceleraram em junho, pois até maio o volume de vinhos estrangeiros vendidos no mercado interno era menor do que no mesmo intervalo de 2010. Os países que registraram as maiores altas nas vendas para o Brasil foram França, Portugal e Itália, enquanto os maiores fornecedores externos do Brasil – Chile e Argentina – tiveram desempenho negativo.
Nos vinhos de mesa nacionais (feitos com uvas comuns), a alta nas vendas foi de 8,5%, para 103,978 milhões de litros. Ao mesmo tempo, a comercialização de suco de uva natural pronto para consumo aumentou 33,19%, para 21,464 milhões de litros.
Segundo a gerente de promoção comercial do “Wines from Brazil”, Andreia Milan, a previsão para todo o ano é exportar o equivalente a US$ 4 milhões, ante US$ 2,3 milhões em 2010. Os principais destinos do produto brasileiro de janeiro a junho foram Reino Unido, Colômbia, Holanda, Estados Unidos e Alemanha.
Fonte: Valor Econômico
